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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A Morte e outras ilusões

Sonetos Apócrifos XVI (By Laetitia Aieganz).

A Morte e outras ilusões. Com Peter, o Bretão. Phoenix, Estados Unidos (17/09/2179).

" Eis diante de mim, a morte.

Para uns, Ente estranho.

Para outros, perda e má sorte.

Eis meu maior desafio,

Tecendo minha vida,

Costurei o último fio.

Eternidade esquecida,

Da chuva, o estio.

Deserto imenso e fértil,

Liberdade para quem partiu.

Ilusão para quem fica.

Verdade para quem sentiu.

Eis a luz cálida e terna,

que rompe o casulo da vida.

Dos anjos, a redenção.

Para os homens, comoção.

Abstração.

Ah, áspera senda,

De paisagens macias.

Sem ela, a vida é sem norte.

Só ela: vida vazia.

Eis em mim a morte,

Olhos manchados,

Meu Peter,

Meu amado.

Na dor, enquanto partia.

Como homem que caminha,

Em direção ao poente,

Deixo-te essa sombra imóvel,

Meu corpo calado,

Minha pele dormente.

Olhos molhados,

Peter, Calado.

A vida, nascente.

Dobro a esquina do tempo,

Quero cessar teu tormento.

Não perca a tua fé,

Se o momento é a tristeza,

Por meu amor, dou-lhe a certeza.

Não estou partindo em vão,

Se te dei minhas purezas,

Do infinito do tempo,

Da eternidade,

Por nossos momentos,

Fui capaz de abrir mão.

Esse doce fenecer,

Anjo que se fez mulher,

Foi por amor.

Foi por você."

(C) Júlio Mato Grosso. 2012. Todos os direitos reservados.