"Espero dos homens o que espera toda mulher:
Contundente, mas com sutileza.
Objetivo, mas com doçura.
Que me diga o que preciso, e não o que espero.
Um homem que leia meus gestos,
E entenda meus sinais,
Que seja o Sol, quando eu for chama.
E seja a Flor, quando precisar de perfumes.
Um homem que não pergunte, que não hesite.
Um homem despido de ciumes,
Um homem que se ama.
Um Homem.
Que se entenda, antes de tentar me decifrar,
Que venha sobre mim, quando menos eu esperar.
Um homem sem calendários ou datas.
Um homem.
Desejo este menino que se esconde sob anos,
Que sente comigo, que faça planos.
Um homem para ser pai,
Que preencha as lacunas, do corpo e da alma
Que me nutra e me semeie.
Que arranque minha sobriedade
E me faça esquecer os medos,
Um homem.
Também almejo aqueles músculos que deslizo
Que me prenda, me domine, me ame.
Que seja macho quando eu preciso,
Mas me vença,
E me convença.
Da fêmea que trago e mim,
Que arranque dos meu poros todo o sal,
Que me faça esquecer todo mal
Que me abra as fontes,
E me faça explodir.
Um Homem.
No meu prazer, o esplendor do delírio,
Que após o amor
teça minha pele com seus dedos,
Como quem acaricia um lírio.
Que não peça licença,
Não pergunte meu nome,
Que não perca paciência,
Um Homem."
Pelos lábios de Laetitia, em Sonetos Apócrifos
(c) Júlio Mato Grosso ( 2012)
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